segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Traços de você

Acordei de mais uma noite turbulenta. Em meu sonho você foi a personagem principal. Mais uma vez minha mente veio me lembrar a falta que você me faz. Até no espelho ainda restam pedaços de você. Quando olho em meu rosto vejo você me beijando  a bochecha como sempre fazia. Minhas roupas ainda guardam o seu cheiro e todo canto vazio que olho eu vejo o seu sorriso.
Por que meu coração ainda não te deixou ir? Por que seu vulto ainda continua aqui?
Tanto tempo se passou e sua presença ainda é forte, como era ontem. As curvas de seu corpo ainda enfeitam o espaço em minha visão. Mesmo as cores ainda são nítidas, mesmo sendo menos opacas. A falta de sua voz faz seu fantasma ferir-me cada vez mais. Ou quando ouço alguma palavra não sei de onde vem. Só o que tenho agora são as fotos de um dia alegre que vivemos, e as lembranças de nossas brincadeiras inocentes.
Ainda não entendo por que você quis sumir tão de repente, sem nem ao menos dizer adeus. E isso me ilude cada dia mais. A falta de uma ferida me ocasionou várias outras e o excesso de imagens tuas preenche meu coração. Se algum dia lembrar de mim, lembre das promessas daquele tempo. Das juras que fizemos há tanto tempo e das palavras que jogamos no vento. Traga-me de uma vez por todas meu remédio ou meu veneno. Pois somente um deles me fará ser novamente feliz.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Carta antiga

Um homem entra apressada em uma casa na parte invisível da cidade. Seu blazer estava desarrumado por causa da pressa com que teve de sair de casa. Tudo que ele portava era um pedaço de papel na mão direita e uma estranha flor vermelha em sua mão esquerda. O homem portou-se perto do caixão de forma respeitosa, olhou para o morto com uma face triste e começou a ler a carta.
-Não quero que este dia seja marcado com tristeza. Eu escrevi esta carta e pedi ao meu melhor amigo que a lesse em meu velório. Minha vida foi boa, mas os melhores momentos que vivi foi quando a conheci. Uma bela mulher que vi em uma livraria. Eu estava sentado lendo um livro que tinha acabado de comprar e ela sentou-se na mesma mesa com um livro do senhor B.W. às mãos. Impressionei-me, pois era o livro que eu acabara de ler no dia anterior. Por culpa deste livro começamos uma conversa que durou meses. Nunca a felicidade tinha vindo tão forte para mim. Mas um dia nossa conversa foi interrompida pela intemperança do destino. Até hoje não sei por que não a vi mais. Era como se ela tivesse desaparecido para sempre. No último dia que a vi ela comentou que gostava de rosas vermelhas, e desde aquele dia eu venho guardando essa rosa. Todo meu sentimento por ela está nessa rosa. Todas lágrimas que chorei de saudade serviram para não deixá-la secar. Eu pedi a meu amigo para traze-la e coloca-la em meu peito, para que eu possa entregar à ela quando eu partir. Não desejo que ninguém fique triste em meu funeral, pois hoje é um dia feliz para mim. Hoje é o dia em que a verei novamente. Orem para que eu a encontre. E a partir deste dia eu estarei morando em seus corações. Se vocês deixarem seus corações banhados em tristeza eu também me entristecerei. Isso não é um adeus, mas apenas um até logo. O tempo não irá nos separar. Eu amo todos que estão presentes. Agora eu vou encontrar minha felicidade. Um grande abraço a todos.
E terminando de recitar a carta o homem pousou a flor sobre o peito gelado do defunto. Enquanto o caixão estava sendo fechado alguns puderam notar que o defunto parecia sorrir e a rosa apresentava um brilho estranho, como se ela quisesse dizer algo por meio da luz. Neste dia choveu durante o enterro, mas ninguém ficou triste, pois o sol que viria depois da chuva viria para mostrar o sorriso dele no coração de todos.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Reconhecimento é uma grande alegria

Hoje escrevi um pequeno texto em minha página do facebook e um amigo postou em seu blog. Não tenho palavras para expressar a minha felicidade. Agradeço a Lucas Monte e Isabelle por comentarem.

Endereço para o texto no blog do Lucas:
http://lucasgmonte.blogspot.com.br/2014/01/estou-lhe-esperando-fancilio-araujo.html

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Outono de meu coração

Folhas cam em pleno verão
pelo frio em meu coração
minha alma se congela, insípida
e se contorce em lanscinante dor

tua presença desaparece dia-a-dia
e tua lembrança se esvazia
nosso laço aos poucos se desfaz
e isso quase que me apraz

Tua essência não pertence a mim
tua atenção a tempos foi tomada
meu coração murcha dia-a-dia
e minha vontade morre desesperada

meu rosto perde o brilho do sorriso
meu ser perde a vontade de ser assim
tudo que eu tinha se perdeu
e o que tenho terá fim

salve um pedaço de mim para o futuro
não quero morrer nessa cruel emoção
arranque sangue de minha impura carne
e salve das trevas o meu coração